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Vilarejo em Cantábria chamado “ Silorejo de Liebana”

Cantábria é uma comunidade monoprovincial localizada no norte de Espanha, entre o Mar Cantábrico e a Cordilheira Cantábrica no norte da Península Ibérica. Clima oceânico úmido e de temperaturas moderadas, com um aspecto histórico dos mais interessantes, pois nela surgem os primeiros sinais de ocupação humana, em especial as pinturas da caverna de Altamira, datadas entre 16.000 e 9.000 adC. e declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Por que falamos dela? Porque foi escolhida para abrigar o estudo de J. Marino Pascual, um arquiteto referência em termos de bodegas. Ele apresentou o estudo de caso da Bodega Antion, um bairro da Espanha, mostrando as particularidades da região e seus feitos arquitetônicos, como as adegas.

E se você é como ele, um colecionador, ou fã ou curioso, ou apaixonado por adegas, sejam elas subterrâneas ou climatizadas bem aí na sua casa, sabe o quanto é fascinante conhecer os lugares aonde se encontram as mais importantes em todo mundo.

“O mundo pode avançar em qualquer sentido, mas o território continuará lá. Por isso, a importância da inspiração arquitetônica, que nada mais é que a expressão interpretada de sua sociedade ” – J. Marino Pascual.

A intenção era moldar o lote de terra, um terreno que é extremamente desigual. O projeto contempla a bodega enraizada na terra como se fosse uma videira. A maior parte da edificação está localizado sob a linha grau, como dizem os arquitetos do gênero, ou melhor no subterrâneo, coberta por um manto verde, sem alteração da paisagem.

Esta é a parte operacional da adega, a parte que necessita de uma temperatura uniforme para ser mantida, o que torna aconselhável, sempre que possível, para utilizar as propriedades naturais da terra e proteger a bodega. O topo do edifício de produção pode ser visto a partir do Norte, enquanto quase todo o edifício destaca-se ao Sul, projetado com uma fachada ventilada para protegê-lo contra o impacto direto do sol.

O edifício retangular, a carcaça do armazém de matérias-primas e da linha de engarrafamento, protege a face sul do edifício. A área para visitantes tem doze quartos que se abrem para uma paisagem de vinhedos e montanhas da tal Cantábria.

Esta bodega construída tem o objetivo de dar um significado para o campo. Na interpretação de Martino, da mesma forma como ele é o homem que organiza a agricultura, o papel do arquiteto aqui é domesticar o ambiente natural. Colorido e com um concreto monolítico exposto, única alteração que ‘avança pelo verde’ seria o aço inoxidável. Coroando o grande cilindro na sala de vinificação, de acordo com a sua função, ao mesmo tempo que serve de referência e símbolo.

Em paralelo ao circuito operacional da bodega, o projeto contempla uma rota para permitir que os visitantes possam desfrutar de vistas panorâmicas de cada área única da bodega, sem interferir no processo de vinificação. É uma aula de sensações arquitetônicas, de experiências sensoriais e da história brindada por vinhos castelhanos.

Créditos para equipe de projeto: Gerente de Construção: J. Marino PASCUAL Implementação e Representante: Técnicos Miguel Blanco Sáez; Apoio: GE ; Técnicos de Suporte: Roberto Murga, Rubén Pérez, Tomás López, Inmaculada Sanz, Marina Pascual, Ernesto Reiner, Alfredo Mendaza, Raquel Blanco, Juan Carlos García, David de Manuel Pascual.