Onde começou esta festa tão popular? E a relação dessa festa com Baco, o deus do vinho? É sobre isso que vamos falar acrescentando ao tópico alguns vinhos de eleição.
O Carnaval, que atualmente é um sucesso indiscutível por todo o mundo, teve origem na Grécia Antiga e, na festa, os gregos veneravam Dionísio, o deus da vindima, que mais tarde foi celebrado em Roma como Baco.
Segundo a mitologia grega, Dionísio, ao crescer e tornar-se homem, espremeu cachos de uvas maduras de uma vinha próxima e descobriu a arte de fazer vinho. Ao experimentar o mosto, percebeu que a descoberta era, além de tudo, saborosa, e que lhe dava alegria e força para viver. Passado isso, quis proporcionar a todos o contentamento que tinha ao entrar em contato com a bebida. Atravessou a Ásia e ensinou a arte do cultivo da uva a quem quisesse aprender.
O Carnaval
Após percorrer o continente asiático, o carnaval entra nesta história. Dionísio voltou para sua cidade natal, e iniciou o culto a si mesmo através de uma série de comemorações.
Nessa época, já se usavam máscaras e disfarces, simbolizando a inexistência de classes sociais. No fundo, a simbologia em torno do vinho era a única que conseguia igualar, através das comemorações, homens de classes distintas e deuses.
A tradição permaneceu até aos dias de hoje e é fortemente comemorada em diversos países, como França (Paris e Nice), Itália (Veneza e Roma), e nos Estados Unidos, em Nova Orleães (desde 1857), onde a origem francesa dá-lhe o nome de Mardi Gras. Não me vou esquecer, é claro, do Brasil, onde teve início no Rio de Janeiro por volta de 1840 e ainda hoje mantém o espírito inicial da festa: mistura de classes, irreverência, brincadeiras e sensualidade. O Carnaval dos brasileiros é hoje a maior festa do País.
Vamos lá falar de vinhos que a conversa já vai longa, e para mim não há vinho que possa exemplificar melhor o Carnaval do que este VOLTEFACE RESERVA TINTO 2009, já olharam para o rótulo?
Mas, calma… este vinho não é só imagem! Produzido por Teresa Metelo Dias, a partir de Alicante Bouschet e Syrah e um estágio de 18 meses em barricas de carvalho Francês, revela um aroma intenso a amoras e compota de frutos vermelhos. Na boca é envolvente e com uma textura sedosa. O seu carácter fumado transmitido pelos estágio em barricas é contrabalançado por uma acidez bem integrada, taninos nobres e firmes num final longo, de especiarias e com um ligeiro balsâmico.
E o que se come com um vinho assim?
E a escolha caiu em algo forte como estas Papas de Sarrabulho! Sabem que esta iguaria portuguesa tem um festival que lhe é dedicado? É em Amares, no distrito de Braga, o Festival das Papas de Sarrabulho, entre 14 e 17 de Fevereiro!
E agora, um branco que capta a atenção desde o primeiro momento, o seu rótulo, um rendilhado verde sobre fundo branco, confere à garrafa um design especial. Como bem sabemos, os “olhos” também compram vinho. Neste ARREPIADO COLLECTION BRANCO 2011, as castas Antão Vaz (60%), Viognier (25%) e Riesling (25%) estagiam 12 meses, 70% em barricas de carvalho francês, e 30% em Inox, e isso traduz-se num nariz exuberante, com notas de especiarias, e algum citrino. Na boca é encorpado, com textura presente, rico, com muita persistência e frescura.
As combinações possíveis passam por pratos tanto de peixe como de carne assados, e pela sua acidez combina também na perfeição com peixe de confeção mais simples e marisco.
O lema é “Seja original e beba vinho no Carnaval”!