Você já ouviu alguma vez na vida alguém dizendo a palavra “terroir”?

Essa palavrinha francesa costuma causar alguma confusão, esse termo de origem francesa é o que define uma extensão limitada de terra. Ao longo do tempo, o universo vinícola foi se apropriando do conceito. Foi assim que Terroir passou a compreender características específicas referentes à geografia, à geologia e ao clima de um lugar. 

“Terroir é também o responsável pelos detalhes finais e íntimos do caráter de um vinho, e pelas diferenças entre dois engarrafamentos de um único vinhedo feitos da mesma maneira pela mesma pessoa.”

Tudo isso influencia nas características que a uva vai se desenvolver ao longo de seu cultivo, sabia? (Eu particularmente considero isso uma das belezas do mundo do vinho – saber que a mesma uva pode se adaptar a diferentes regiões e ainda mudar suas características com isso.)  Mas falaremos um pouco mais disso a frente.

Terroir e sua influência nas uvas

No mundo do vinho, a palavra Terroir é bastante utilizada para definir a singularidade que diferentes variedades de uva assumem em cada região em que são plantadas. Por exemplo: “A Cabernet Sauvignon adaptou-se magnificamente ao terroir do Vale do Maipo, no Chile”, ou então “A Chardonnay é uma casta bastante versátil, já que é capaz de se adequar aos mais diferentes terroirs e abraçar inúmeras identidades”.

Algumas regiões souberam se consagrar internacionalmente em virtude das características agraciadas de seus microclimas. No entanto, é comum vermos locais onde o terroir não é muito valorizado, já que produtores investem em plantações de grandes rendimentos (o que acaba sugando todos os nutrientes do solo e deixando os frutos menos ricos).

Ou mesmo colocam num só blend (mistura) uvas colhidas de diferentes lugares. Isso não é necessariamente ruim, já que a estratégia barateia bastante a produção e propõe um estilo diferente – mais leve, simples e fácil de beber.

Conclusão

É fato: para se fazer um bom vinho, o produtor necessita conhecer o terroir da sua região. Outra observação importante é que dependendo da região, o terroir terá uma influência mais marcante que outra. Mas isso não diz nada sobre a qualidade do vinho, mas sobre os objetivos e o que o produtor quer passar com aquele líquido.

Inclusive, para demonstrar a importância de um terroir, as denominações e apelações europeias surgiram, em parte, com o propósito de estimular a valorização dos diferentes terroirs. Por exemplo, limitando o número de parreiras por hectare ou pré-definindo espécies viníferas para a elaboração de um vinho.

Bem, agora que você já sabe a definição deste termo tão querido pelos enólogos e sommeliers, está na hora de colocar seus conhecimentos em prática.

Que tal degustar um Bordeaux, um toscano e um Douro, lado a lado, e descobrir as características de cada terroir? Para te dar um empurrãozinho, é só conferir aqui algumas opções e mergulhar #SemMedo no mundo dos vinho.