Você é um wineconnoisseur ou um expert em vinhos? Bem, mesmo que você não seja, deve ter muita curiosidade e vontade de entender melhor como funciona a essência dessa bebida.

Fomos pesquisar entre especialistas no tema como é mensurada a temperatura ideal de um vinho. Na verdade, todos eles indicam que há3 fatores determinantes para manter a sua integridade: temperatura, umidade e luminosidade. Em países como a Austrália, por exemplo, com estações de verão intensas, os raios UV da luz solar alteram o tanino e a cor dos vinhos.

Servir um vinho abaixo da temperatura pode prejudicar o tanino ou mesmo tornar o seu grau de acidez mais forte. Servi-lo acima da temperatura e, pronto, seus aromas se perderão em meio à sensação de álcool. Um vinho tinto pode perder nuances se servido numa temperatura acima, já os brancos servidos normalmente mais frios podem ter seu sabor alterado.

De forma bem apurada, há que se reconhecer que cada variedade de vinho possui uma temperatura ideal para ser servida.

Aqui abordamos algumas destas variedades e indicamos em Celsius como devem chegar à mesa:

  • Tintos encorpados (Bordeaux, Napa Cabs, Shiraz, Zinfandel): 17-19°C
  • Tintos levemente encorpados (Burgundies, PinotNoir, Chianti): 14-16°C
  • Tintos mais leves, jovens e frutados (Beaujolais, Merlot): 12-14°C
  • Brancos encorpados (Grand Cru Burgundies, Chardonnays): 12-13°C
  • Roses, Semillon, Viognier, Sauternes: 10-12°C
  • Riesling, Verdelho, Champanhe: 8-10°C
  • Vinhos para sobremesa: 7-8°C
  • Sauvignon Blanc, Pinot Gris: 6-8°C

 

A temperatura é importante porque altera a experiência de aroma e sabor do vinho. Quando falamos de como armazenar o vinho, ela se torna ainda mais relevante. O vinho é produto das reações químicas de sua uva, e essas reações podem ser modificadas e de maneira nada uniforme no que tange ao aumento dos graus na armazenagem.

Vamos a temperatura ao regente de uma orquestra, é ela que dá a ordem para que todas as reações químicas aconteçam na mesma velocidade, ela dá o ‘tom’ para a bebida.

E essa “orquestra” precisa de um regente muito bom, ou de uma ótima climatização, como já deu para perceber, não? Veja, quando o vinho se expande, coloca pressão sobre a rolha, empurrando-a para a frente da garrafa, o que faz seu conteúdo evaporar. Quando se contrai, ele puxa a rolha de volta na garrafa, puxa oxigênio e perturba o ambiente químico da garrafa. Resumo da aula de química: controlar a temperatura é a chave para envelhecer e preservar seu vinho.

Tenha em mente que as adegas climatizadas não funcionam da mesma forma que uma ‘pequena geladeira’. São uma evolução em termos de armazenamento do vinho, primeiro porque elas não retiram umidade do ambiente como um refrigerador, segundo que são projetadas para criar as condições ideais encontradas nas adegas subterrâneas, porque controlam todos os 3 itens essenciais para a saúde de seu vinho e que mencionamos no começo deste artigo: umidade, temperatura, iluminação, e acrescentando, ventilação.

Quando colocados numa adega climatizada, uma dica é dispor as garrafas alguns graus abaixo do recomendado, o que dará tempo para que o vinho possa estar menos ‘gelado’ e na temperatura ideal para ser servido à mesa.

Calor excessivo ou mesmo as oscilações de clima podem literalmente acabar com o sabor da uva e das frutas que compõem determinados tipos de vinhos. É o que os especialistas chamam de “stress do ambiente” que pode acelerar o processo de envelhecimento do líquido ou mesmo deteriorá-lo.

Entre altas e baixas temperaturas, o consenso entre os experts é que saborear essa bebida pede uma climatização digna de quem quer apreciar as melhores safras existentes!